Como montar estratégias de comunicação para diferentes gerações

Pessoas de diversas gerações representando estratégias de comunicação.

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As áreas de marketing e vendas estão em constante evolução. Plataformas, tecnologia e metodologia se renovam, surgindo tendências ao longo do tempo. Mas não para por aí! Profissionais também precisam adaptar suas estratégias de comunicação às mudanças na sociedade, como as diferenças comportamentais e de consumo entre as variadas gerações. 

A separação das faixas etárias por seus hábitos, relações com a tecnologia e aspectos socioeconômicos auxilia no entendimento da melhor forma de abordá-los, bem como os canais mais adequados.

Atualmente, muitas empresas focam na fatia mais jovem dos indivíduos economicamente ativos (Geração Z e Millennials), essencialmente, por conta do retorno positivo a longo prazo para manter suas marcas vivas entre os jovens. Porém, não se deve esquecer sobre a relevância dos mais velhos (Geração X e Baby Boomers), principalmente dependendo do seu serviço ou produto.

Dito isso, são as gerações mais novas que ditam as tendências do mercado, tanto no consumo quanto nos canais de consumo. 

A transição desses grupos etários é comumente marcada por mudanças significativas na economia, política e, mais recentemente, nas suas relações com a tecnologia. Por exemplo, muitas empresas hoje já estão estudando e se preparando para a chegada dos membros da Geração Alpha (nascidos a partir de 2010) no mercado de trabalho.

Neste artigo, vamos explicar melhor as diferenças conceituais e padrões de consumo em cada uma dessas gerações, assim como sugerir as melhores formas de alcançar cada um desses públicos. Confira!

  • Quais são as diferentes gerações?
    • Baby Boomers
    • Geração X
    • Geração Y (Millennials)
    • Geração Z
    • Geração Alpha
  • Montando estratégias de comunicação para fidelizar

Quais são as diferentes gerações?

Hoje, para fins de pesquisas e de comunicação são consideradas 5 gerações, diferenciadas, à princípio, pelas faixas de idade – que passam a fazer mais sentido quando analisamos as discrepâncias entre comportamentos. São elas:

  • Baby Boomers: nascidos entre 1940 e 1960
  • Geração X: nascidos entre 1960 e 1980
  • Geração Y (Millennials): nascidos entre 1980 e 1995
  • Geração Z: nascidos entre 1995 e 2010
  • Geração Alpha: nascidos a partir de 2010

É muito comum, porém, haver discrepâncias de fonte para fonte sobre os anos de nascimento correspondentes às gerações. Por exemplo, o agrupamento em que se consideram os Millennials frequentemente se estende para até o ano 2000 e até se separa entre outras “subdivisões” (veremos sobre isso mais à frente).

Outro ponto importante são as influências que indivíduos nascidos em anos de transição sofrem das outras gerações. Suas referências culturais e hábitos de consumo podem acabar se assemelhando mais ao grupo anterior do que ao seu próprio.

Agora, vamos entender um pouco mais sobre cada geração e seus comportamentos!

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Baby Boomers

Este grupo é composto por pessoas nascidas após o fim da Segunda Guerra Mundial, normalmente. E, no Brasil, viveram uma fase de otimismo geral, com a conquista da liberdade e direito de ser jovens em sua época, tal como um período importante de desenvolvimento industrial e urbano.

Suas referências culturais podem variar bastante entre a insurgência do rock brasileiro e a admiração pelas provocações trazidas pela Tropicália.

Eles viveram diversos momentos da economia e sociedade brasileiras, instáveis e estáveis, tendo uma vasta experiência para lidar com essas situações. Um exemplo direto é o fato de que os principais cargos de liderança mundial e pessoas mais ricas são ocupados por essas pessoas.

Salvo algumas exceções, os Baby Boomers não estão tão acostumados ao ritmo constante de mudanças e renovação dos aportes tecnológicos de hoje. Por isso, é comum que eles sejam mais resistentes a aceitar e implantar certas inovações em suas empresas e, até, em suas vidas pessoais.

Entretanto, isso não quer dizer que são totalmente alheios às plataformas e aparelhos usados hoje em dia. O detalhe é que normalmente se concentram e usam especialmente alguns canais – normalmente diretos ou que já estão em evidência há muito tempo, como Facebook e WhatsApp.

Geração X

A Geração X vive um período importante de transição, pois está gradualmente entrando entre os contemplados pela previdência. Ou seja, muitos se aproximam da aposentadoria ou estão em um estágio mais avançado de suas carreiras, pensando no futuro quando, de fato, a encerrarem.

Tal qual os Baby Boomers, não foram criados no atual momento de mudanças rápidas, intensas e voláteis. Estabilidade, disciplina e ordem são palavras comuns em seus vocabulários.

Eles se tornaram economicamente ativos e desenvolveram seus conhecimentos em períodos turbulentos, durante a Guerra Fria e a ditadura militar no Brasil. Assim, são conhecidos por terem uma visão mais pragmática e, algumas vezes, cética sobre as autoridades.

Também, é uma geração que se concentrou bastante em objetivos de longo prazo, como a casa própria e a abertura de seus próprios negócios. Ainda, é um grupo com alto poder aquisitivo e criterioso para fazer suas escolhas. Ações de comunicação, marketing e vendas comumente abordam seu espírito competitivo e obstinado por status.

Geração Y (Millennials)

Atualmente é um grande foco das marcas – juntamente à Geração Z. Os Millennials são um grupo intrigante por poder ser separado em dois: os que foram crianças e adolescentes nos anos 90 e os que foram nos anos 2000.

Isso ocorre, porque há diferenças expressivas na forma de lidar com o cenário econômico e social do país. Enquanto o primeiro grupo viveu ativamente as experiências da virada do Plano Real e a popularização de alguns aparatos e referências culturais que se estenderam à virada do milênio, o segundo cresceu envolto de mais estabilidade e com contato mais endêmico com novas tecnologias (como a internet).

Essa geração é conhecida por ser a primeira com tendências de adaptação mais flexíveis às rápidas mudanças. Mais ainda, a forma como lidam com as relações interpessoais, com a natureza e conceitos fortemente preestabelecidos, como a propriedade privada, foi trocado pela paixão, ousadia e busca por experiências.

A estabilidade, que as gerações anteriores buscam incessantemente, não está tão alta na lista de prioridades dessas pessoas. Tanto que é comum passarem menos tempo em cada emprego – caso identifiquem que não há mais como se desenvolver exponencialmente –, mudam de casa recorrentemente e até já estão mais naturalmente inseridos na lógica do trabalho remoto.

É um grupo muito questionador e que representou um momento chave da alfabetização e progressão acadêmica no país. Por isso, ações de marketing rasa, que não despertem emoções e empatia não os sensibilizam.

Seu modo de pensar é complexo. Priorizam a proximidade às marcas por meio das causas e valores, em vez do valor cru dos produtos. Também são imediatistas, por isso a tomada de decisões pode ocorrer muitas vezes por impulso.

Leia também: User Experience (UX): dicas para aplicar na sua empresa 

Geração Z

Notou que muitas franquias de filmes e séries estão ressurgindo? Ou que as marcas estão mais e mais utilizando referências e influenciadores jovens, que não necessariamente conquistaram sua fama nas mídias tradicionais?

Esse é o poder da Geração Z no mundo atual!

Os Millennials estão envelhecendo e até se estabilizando, enquanto esses novos indivíduos estão se colocando em postos mais significativos nas empresas. Hoje, seus comportamentos e preferências já são fundamentais para ditar a forma como as marcas se comunicam.

Trata-se da primeira geração de verdadeiros “nativos digitais”, ou seja, não viveram em um mundo sem internet e plataformas virtuais. Na verdade, boa parte sequer se lembra de tecnologias mais rudimentares, como os celulares que precederam os smartphones.

Além da tecnologia, também são fortemente conectados a causas sociais e, principalmente, em favor das liberdades e identidades individuais. São extremamente ativos nas redes sociais para defender suas visões, assim como são capazes de se mobilizar para transpor a barreira do digital para ocuparem os espaços físicos.

É um grupo extremamente ágil com novas tecnologias, também no ambiente de trabalho. Então, conforme as tendências avançam (IoTs, Big Data, Inteligência Artificial etc.), eles rapidamente se adaptam ao nível de conhecimento técnico necessário para operar e desenvolver essas frentes de inovação.

A geração tem características ímpares que podem ser referenciadas nas anteriores. Possuem a liberdade questionadora da Geração Y, mas estão se desenvolvendo em um ambiente político e econômico complexo desde 2014, quando eram adolescentes.

Nas frentes de comunicação, são eles quem ditam as formas das marcas se comunicarem. Estão distribuídos entre canais tendência (como Tik Tok, Instagram e Twitter), com janelas pequenas para publicidade. Para conquistá-los, as empresas precisam construir uma identidade forte, com valores que se conectem aos deles, e procurar parcerias com influenciadores de comportamento.

Geração Alpha

É a próxima na fila dos times de marketing e vendas! A Geração Alpha ainda tem no máximo 10 anos, então sequer pode ser endereçada com publicidade agressiva. Mas não quer dizer que não estão sendo observados.

Este grupo será marcado pelo próximo passo dos “nativos digitais”, o qual futuristas e especialistas em tecnologia esperam estar conectados com as relações afetivas entre esses indivíduos e as máquinas. Conforme a Inteligência Artificial avança e predomina nos pontos de contato, é natural associar que eles se relacionaram com mais facilidade e sem sentir tanta falta das abordagens humanizadas.

Se as Gerações Y e Z são marcadas por imediatismo e velocidade, essa terá janelas ainda mais espaçadas para serem impactadas por comunicações e frases de efeito tradicionais da publicidade. As marcas terão que focar ainda mais em alternativas de fidelização, já que os serviços, produtos e infoprodutos focados em vendas por impulso não serão mais tão efetivos por si só.

Um marco importante para essa geração será suas experiências com tecnologias em franca expansão como blockchain e o metaverso. Eles terão muito mais facilidade para lidar com aquilo que não é tangível e está “localizado” em servidores.

Não há um padrão de comunicação para cada uma delas, mas recomendamos que fique de olho nas pesquisas e estudos realizados por consultorias especializadas. Negócios e associações, que dependem da fidelização para manter a previsibilidade da receita, não podem sair atrás.

Montando estratégias de comunicação para fidelizar

Não existe receita mágica para alcançar cada uma das gerações que explicamos. Sempre existirá uma relação intrínseca com o seu produto, o público-alvo, as regiões atendidas e o fluxo de tomada de decisão. Ainda, você pode ter estratégias voltadas a impactar múltiplos públicos.

Porém, existem algumas práticas que podem facilitar a montagem dos seus planos. Confira!

Leia também: Como o Clube CIEE+ foi otimizado pela Kaledo

Segmente seus clientes

Segmentar é a chave para entender prioridades e expectativas. A sua base atual, inclusive, é uma mina de ouro para insights.

Quantitativamente, você pode identificar quais são os seus produtos que mais engajam determinados grupos etários. Caso queira se aprofundar, é possível realizar uma pesquisa com eles e entender seus hábitos fora da sua plataforma ou padrão de compras.

Ainda, se já tocar estratégias de fidelização, como um clube de vantagens, poderá observar quais são os benefícios que mais sensibilizam os públicos ideais que está buscando.

Personalize a experiência dos seus clientes

Enfatizamos bastante a importância da experiência para as gerações a partir dos Millennials. Contudo, isso não quer dizer que as anteriores estão isentas de buscar valorização e boas vivências – essencialmente, o que pode mudar é o que precisa fazer para engajar e reter cada grupo.

Sempre existirá um canal ideal ou até uma maneira mais adequada de passar a mensagem desejada. Tanto para conquistar, quanto para manter, você precisará oferecer experiências personalizadas para cada perfil. Por exemplo, de pouco adianta investir recursos financeiros e humanos para impactar Baby Boomers no Tik Tok, dado o recorte etário que mais usa o aplicativo.

Importante: isso vale para empresas de qualquer segmento ou porte. A experiência com sua marca em todos os pontos de contato será um divisor de água não só na hora de reter clientes, mas para evitar crises de imagem.

Leia também: Retenção de clientes: técnicas e boas prática 

<h3>Não ignore os motores de contatos e vendas já utilizados</h3>

Um erro comum ao se observar as novas tendências é esquecer do que já é usado e traz resultados. Novas plataformas e tecnologias precisam, sim, ser aproveitadas antes que sua marca chegue atrasada, mas alguns recursos ainda são sustentáveis e necessários, como plataformas de anúncios digitais e até as famosas malas diretas.

Priorizar e virar a chave para tentar embarcar outras gerações que você e seus times veem como estratégicas precisa ocorrer com os devidos planejamento e estudo.

Prepare seus times para as diferentes abordagens

Times de marketing e vendas precisam estar sempre devidamente treinados e reciclados sobre as melhores práticas de abordagem com cada perfil de potencial cliente.

O tempo dedicado aos contatos comerciais é escasso, hoje, independente da geração. Por isso, todo o fluxo para atrair, nutrir e converter esses indivíduos precisa estar alinhado com as mensagens e abordagens que causem a empatia necessária.

Lembre-se: um texto de marketing matador é muito importante, mas não resolve se houver gargalos na experiência desse consumidor nas próximas etapas do funil.

E aí? Já conhecia as diferenças entre as gerações? Se identificou com alguma característica de outro grupo etário? Deixe um comentário!

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